
Hoje o assunto é pra lá de bacana e nada melhor do que aprender com quem entende: a Camz, nossa grafiteira do coração, vai explicar um pouquinho dessa arte pra gente. Lá vai!
O graffiti é uma manifestação uma artística que se originou como conhecemos hoje por volta da na década de 70 em Nova York, com as primeiras frases inseridas de maneira não autorizada nos espaços urbanos da cidade.
Se analisarmos a caminhada histórica da humanidade, ele se encontra entre a era Paleolítica e a Neolítica com a produção das pinturas rupestres, que foram as mais antigas manifestações de arte encontradas até hoje, com a inserção de murais nas paredes das cavernas.
A arte de se ornamentar paredes e contar cenas cotidianas já era executada muito antes de se inventar a lata de spray.
Mural, graffiti, pixo arte rupestre ??? Mas afinal de contas, o que é graffiti de verdade?
Aqui no Brasil, comumente temos o hábito de chamar todos os trabalhos em paredes, geralmente executados com a tecnica do spray, de “graffiti”. Mas um trabalho pintado com tinta líquida, por exemplo, pode também ser um graffiti. Assim como o lambe-lambe, que é a técnica de se colar cartazes, também é.
Graffiti é o ato de se intervir no espaço de maneira não autorizada, seja lançando seu nome ou alguma frase. Então, desde a pixação àquele rosto perfeito realístico, independente de técnica, sendo não-autorizado é graffiti.
Um dos primeiros artistas do graffiti que teve destaque e visibilidade foi o nova-iorquino Jean Michel Basquiat, que junto com Andy Wharol “academizou” uma arte antes até considerada clandestina, subversa. A partir daí e com o passar dos anos, o graffiti passou a ser visto como “arte” e a fazer cada vez mais parte dos espaços das cidades do mundo.
No Brasil, a década de 80 e 90 foi muito frutífera para a cena, onde começaram alguns artistas como Pamela Castro (assinava como Anarkia Boladona), Os Gêmeos, Nina Pandolfo, Speto, que hoje são considerados referências mundiais.
Dentro do graffiti, os trabalhos geralmente se dividem entre letras e personagens. Esta primeira modalidade de onde se originou todas as outras, é o que mais marca a estética da arte.
Dentro das letras temos o throwup, geralmente os contornos e as sombras, sem preenchimento. Já o bomb é um throw up mais elaborado, com preenchimento, luz, sombra, textura….
Também temos o estilo 3D, que são peças tridimensionais que trabalham a ilusão de otica e perpectiva, onde parece até que a obra está saindo da parede. Já o wildstyle é aquele que é bem dificil de ler o que tá escrito, onde as letras são extremamente trabalhadas e desconstruídas.
Já os personagens, geralmente se dividem entre realismo e autorais, podendo ser pessoas, animais, monstrinhos, mascotes, etc.
E aí, gostou? Sempre é bom aprender e entender a arte, seja ela qual for!
Por Camilla Correa
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