Nos últimos anos a sociedade num geral tem adquirido uma nova postura frente ao reaproveitamento de materiais já utilizados que iriam diretamente para o lixo. Diferentes são as formas de reaproveitar um item cujo destino final seria o descarte, e para isso pode-se utilizar com tranquilidade o princípio dos 3R: reduzir, reutilizar e reciclar.
Mas, neste texto vamos focar no R de reciclar e em especial o papel. A produção de papéis reciclados é uma forma de diminuir os impactos ambientais causados pelo acúmulo deste tipo de material em lixões, pelos produtos químicos utilizados no processo de branqueamento das folhas e na derrubada de milhares e milhares de árvores (ainda que elas sejam plantadas para isso, os recursos utilizados na produção do papel não são, há um enorme consumo de água e energia também).
No Brasil e no mundo a taxa de reciclagem de papel já ultrapassou os 70% e vem crescendo cada vez mais. A reciclagem do papel é realizada em diferentes etapas: primeiro o papel passa pelo processo de separação, descontaminação e classificação, depois vai para a trituração e enfardamento para assim ser vendido às indústrias de reciclagem que transformarão o papel usado em um novo papel.
No entanto, nem todo papel pode ser utilizado para a reciclagem. Sabia disso?
Pois é, apesar da importância que a reciclagem de papel traz para o meio ambiente, existem alguns papéis que não são passíveis a reciclagem, seja pelo tipo de contaminação, seja pela sua forma de produção.
Todos os papéis que sofrem algum tipo de alteração que possam reduzir sua permeabilidade, sua eficiência e sua flexibilidade são considerados contaminantes no processo de reciclagem.
Exemplo: papel toalha, guardanapo, caixa de pizza, etc.
As fitas adesivas, papéis laminados e metalizados, não são suscetíveis à reciclagem e por esta razão são separados no processo de coleta. Já as embalagens multifoliadas (Tetrapack, por exemplo) são recicláveis, mas tem um custo maior, pois suas camadas devem ser separadas para serem reaproveitadas, gerando mais custo e trabalho.
Exemplo: caixa de leite, etiquetas, cartão de visita.
Papéis que foram contaminados com substâncias prejudiciais à saúde e os de uso sanitário carregarão consigo agentes infectantes que não serão totalmente removidos no processo de limpeza nas etapas de reciclagem e poderão trazer muitos malefícios aos usuários. Esses não são aceitos para reciclagem.
Exemplo: papel higiênico.
Os papéis parafinados, plastificados e o papel químico podem trazer problemas no processo de reciclagem e até alterar a qualidade do produto final.
Exemplo: toalhas de mesa de restaurantes, papel kraft, papel carbono.
O papel fotográfico retém muitas substâncias químicas, como os derivados de prata, nos processos de emulsão, fixação e paragem e por esta razão não pode ser utilizado na reciclagem. Mas não fique triste, se você imprimiu sua foto em uma impressora comum, sem o processo tradicional de revelação, a reciclagem será possível.
Mas, lembra dos 3R, se não dá para reciclar então dá para:
REDUZIR: diminuir o consumo destes materiais que não poderão ser reciclados
e
REUTILIZAR: existem muitos exemplos de artes plásticas feitas com papéis que iriam para o lixo mesmo, como os guardanapos, o kraft e foram reutilizados em quadros e até esculturas. As fotografias podem ser reutilizadas em capas de cadernos, caixas, e muitas outras coisas. Seja criativo!
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Beijinhos no coração...
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